Recomendações de Acessibilidade para Recursos Educacionais Abertos com Foco em Pessoas com Deficiência Visual
Resumo
Recursos Educacionais Abertos (REAs), embora bastante populares, ainda não são acessíveis a todos os públicos. Apesar da grande quantidade de atividades e recursos gratuitos, as pessoas com deficiência visual ainda têm dificuldades em utilizar esses materiais no dia a dia. Assim, o objetivo dessa pesquisa é apresentar uma série de recomendações que auxiliem no desenvolvimento ou adaptação de REAs para a realidade desse público, facilitando o uso e conscientizando os profissionais da educação acerca da existência desse tipo de material. Foram analisados, portanto, a literatura, ferramentas, forma de utilização e dificuldades no cotidiano com os REAs, para elaborar um conjunto de recomendações de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, com atenção ao tato, olfato, audição e alternativas digitais. As recomendações foram avaliadas de diferentes formas por: (i) um conjunto de especialistas das áreas de computação e educação; (ii) uma pessoa com deficiência visual, especialista em produção de materiais acessíveis; (iii) um indivíduo cego, estudante dos anos finais do ensino fundamental. As análises possibilitaram a construção de recomendações atualizadas e detalhadas, que consideram diferentes contextos, domínios e artefatos. Os resultados mostraram que as recomendações podem auxiliar no processo de desenvolvimento de REAs mais acessíveis, sejam esses recursos físicos ou computacionais. Além disso, as recomendações sugerem materiais acessíveis à realidade das escolas brasileiras podendo, portanto, serem aplicados em diversos contextos, com intercâmbio de materiais e formas de aplicação, com escrita clara e objetiva.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
Adam, D., & Calomeno, C. (2013). Metodologia para adaptação de conteúdo editorial imagético para deficientes visuais. In: Revista Brasileira de Design da Informação. São Paulo, 9(3), 201-215. doi: 10.51358/id.v9i3.142 [GS Search]
Alevizou, G. (2015) From OER to MOOCs: critical perspectives on the historical mediation trajectories of open education. In: International Journal of Media e Cultural Politics, 11(2), 347-378. doi: 10.1386/macp.11.2.203_1 [GS Search]
Arruda, L. (2016). GEOGRAFIA NA INFÂNCIA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: a utilização de uma maquete multissensorial para a aprendizagem do conceito de paisagem. In: Revista Brasileira de Educação em Geografia, Campinas, 6(11), 208-221. doi: 10.33025/grgcp2.v3i5.1357 [GS Search]
Barros, G., & Menta, E. (2007). Podcast: produções de áudio para educação de forma crítica, criativa e cidadã. In: Revista de Economía Política de las Tecnologías de la Información y Comunicación, 9(1). [GS Search]
Biblioteca do Instituto de Psicologia (2018, fevereiro). O que são MOOCs (Massive Open Online Courses)? Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. https://www.ufrgs.br/bibpsico/2018/02/o-que-sao-moocs-massive-open-online-courses/
Camargo, E., & Nardi, R. (2007). Planejamento de atividades de ensino de Física para alunos com deficiência visual: dificuldades e alternativas. In: Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 6(2), 378-401. [GS Search]
Chung, S. (2002). The effect of letter spacing on reading speed in central and peripheral vision. In: Investigative Ophthalmology e Visual Science, 43(4), 1270-1276. [GS Search]
Costa, C., & Van Munster, M. (2017). Adaptações Curriculares nas Aulas de Educação Física Envolvendo Estudantes com Deficiência Visual. In: Revista Brasileira de Educação Especial, 23(3), 361-376. doi: 10.1590/s141365382317000300004 [GS Search]
Dominici, T. et al. (2008). Atividades de observação e identificação do céu adaptadas às pessoas com deficiência visual. In: Revista Brasileira de Ensino de Física, 30(4), 4501.1-4501.8. doi: 10.1590/S0102-47442008000400010. [GS Search]
Dutra, R., & Tarouco, L. (2007). Recursos Educacionais Abertos (Open Educational Resources). In: Revista Novas Tecnologias na Educação. 5(1). doi: 10.22456/1679-1916.14171 [GS Search]
Franco, J., & Dias, T. (2007). The educational of the blind in brazil. In: Avesso do Avesso, Araçatuba, 5(5), 78-82. [GS Search]
Freire, E. (2010). Construindo um modelo de referência à participação ativa dos sujeitos em projetos educativos em ambiente on-line [Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN].
Freire, E. (2011). O podcast como ferramenta de educação inclusiva para deficientes visuais e auditivos. In: Revista Educação Especial, Santa Maria, 24(40), 195-206. doi: 10.5902/1984686X2028 [GS Search]
Hylén, J. (2005). Open Educational Resources: Opportunities and Challenges. In:OECD’s Centre for Educational Research and Innovation. [GS Search]
Junior, J., & Coutinho, C. (2009). Podcast uma Ferramenta Tecnológica para auxílio ao Ensino de Deficientes Visuais. In Anais VIII LUSOCOM (pp. 2114-2126). UluSofona. [GS Search]
Kitchel, J. (2019). APH Guidelines for Print Document Design. American Priting House. https://www.aph.org/aph-guidelines-for-print-document-design/.
Leite, P. et al. (2018). Ensino e extensão sobre inclusão digital usando REAs. In Anais XVII Simpósio Brasileiro sobre Fatores Humanos em Sistemas Computacionais. SBC. doi: 10.5753/ihc.2018.4213 [GS Search]
Líbera, B., & Júnior, J. (2021). Técnicas para criação de documentos digitais acessíveis. In Curso de Formação Continuada Ferramentas digitais para o ensino remoto com ênfase na deficiência visual. Instituto Benjamin Constant.
Maciel, C. et al. (2004). Avaliação heurística em sítios na web. In Anais VII Escola de informática do SBC – Centro Oeste. SBC. [GS Search]
Mantoan, M. (2003). Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? (1ª ed). Editora Moderna.
Mazzardo, M. et al. (2019). Competências digitais dos professores para produção de recursos educacionais abertos (REA). In: Revista de educação a distância e e-Learning, Portugal, 2(1), 62-78. doi: 10.34627/vol2iss1pp62-78 [GS Search]
Russell-Minda, E. et al. (2007). The legibility of typefaces for readers with low vision: A Research Review. In: JVIB, 101(7), 402-415. 10.1177/0145482X0710100703 [GS Search]
NCE/UFRJ. (2002). Projeto DOSVOX. UFRJ. http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/.
Neto, F., & Garcia, M. (2013). Recursos educacionais abertos para EAD. In Anais Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância. UFPA. [GS Search]
Nielsen, J., & Molich, R. (1990). Avaliação heurística de interfaces de usuário, Proc. ACM CHI'90 Conf. (Seattle, WA, 1-5 de abril), 249-256.
Nunes, B. et al. (2010). Propostas de atividades experimentais elaboradas por futuros professores de Química para alunos com deficiência visual. In Anais XV Encontro Nacional de Ensino de Química. SBQ. [GS Search]
Oliveira, L., & Bernardon, R. (2008). Instrumento para avaliação de diretrizes estratégicas de sucessão empresarial. In: Revista Gestão e Planejamento, Salvador, 9(2), 141-158. [GS Search]
Otsuka, J. et al. (2015). Livre Saber (LiSa): Um Repositório de Recursos Educacionais Abertos de Cursos a Distância. In: Revista Brasileira de Informática na Educação, 23(1). doi: 10.5753/rbie.2015.23.01.1 [GS Search]
Preto, V. (2009). Adaptação de livros de literatura infantil para alunos com deficiência visual [Dissertação de mestrado, Universidade Júlio de Mesquita Filho – UNESP].
Rocha, J., & Duarte, A. (2012) Diretrizes de acessibilidade web: um estudo comparativo entre as WCAG 2.0 e o e-MAG 3.0. In: Revista Inclusão Social. Brasília, 5(2), 73-86. [GS Search]
Rosa, J., & Veras, M. (2013). Avaliação heurística de usabilidade em jornais online: estudo de caso em dois sites. In: Revista Perspectivas em Ciência da Informação, 18(1), 138-157. doi: 10.1590/S1413-99362013000100010[GS Search]
Santos. A. (2013). Experiências brasileiras com repositórios de conteúdo digital aberto e REA. In Santos, A., Recursos Educacionais Abertos no Brasil: O estado da arte, desafios e perspectivas para o desenvolvimento e inovação (pp. 43-74). UNESCO.
Silveira, M. et al. (2012). Diretrizes para a Avaliação da Usabilidade de Objetos de Aprendizagem. In Anais 23° Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. CBIE. [GS Search]
Silveira, D., & Córdova, F. (2009). A pesquisa científica. In Silveira, D. e Gerhardt, T. (Orgs), Métodos de pesquisa (pp. 31-42). Editora da UFRGS.
UNESCO. (2019). Draft Recommendation on Open Educational Resources. In: General Conference 40Th Session. https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000370936
UNESCO. (2002). Forum on the Impact of Open Courseware for Higher Education in Developing Countries – Final Report. UNESCO https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000128515
Veraszto, E., & Vicente, N. (2017). Desenvolvimento de atividades de ensino de citologia para alunos com deficiência visuais: ações de educação inclusiva a partir da Teoria dos Contextos Comunicacionais. In: Revista de Estudos Aplicados em Educação, 2(4), 33-48. doi: 10.13037/rea-e.vol2n4.4983 [GS Search]
WCAG - WEB CONTENT ACCESSIBILITY GUIDELINES. (2018). Diretrizes de acessibilidade de conteúdo da Web – WCAG 2.1. W3C Recommendation. https://www.w3.org/TR/WCAG21/#text-alternatives
DOI (PDF): https://doi.org/10.5753/rbie.2021.29.0.957
____________________________________________________________________________
Revista Brasileira de Informática na Educação (RBIE) (ISSN: 1414-5685; online: 2317-6121)
Brazilian Journal of Computers in Education (RBIE) (ISSN: 1414-5685; online: 2317-6121)