Mediadores Sócio-Construtivistas em Sistemas de Aprendizagem Colaborativa

Patricia C. de Souza, Raul S. Wazlawick, Marta C. Rosatelli

Resumo


Resumo: A área de Informática na Educação tem evoluído em consonância com o surgimento e avanço das novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A utilização das redes de computadores, principalmente a Internet, tem favorecido significativas mudanças tecnológicas nos mecanismos de apoio ao processo de ensino-aprendizagem. Com isto, percebe-se uma dissociação na relação direta que até então persistia, no uso do computador com o processo de ensino-aprendizagem individualizado para assumir uma nova conotação, visando a interação, a comunicação e a cooperação em experiências de intercâmbio de informações, produção de materiais de forma colaborativa e aprendizagem em grupo. Ou seja, o contexto da área de Informática na Educação tem se caracterizado atualmente pelo enfoque social. Contudo, a massificação desenfreada do uso das TICs na educação sem um fundamento teórico sólido é preocupante. Neste contexto, pode-se facilmente vislumbrar duas questões relevantes: a primeira é saber adotar ou desenvolver aplicações computacionais que favoreçam um processo de construção de conhecimento, através de atividades efetivamente colaborativas. A segunda é ter em mente que o ponto central deve ser sempre a educação e não o meio no qual ela está sendo veiculada. Para tanto, este artigo tem como objetivo, baseado nas técnicas e recursos de informática utilizados pelos Sistemas Tutores Inteligentes (STI) e Sistemas de Aprendizagem Colaborativa (mais conhecida como Computer Supported Collaborative Learning - CSCL) e por meio de uma abordagem apoiada pela teoria sócio-construtivista, apresentar diretrizes para a mediação da interação em sistemas de aprendizagem colaborativa apoiada por computador. Este artigo está organizado da seguinte maneira: na próxima seção descrevemos a abordagem sócio-construtivista de aprendizagem; na seção 3 discutimos a aprendizagem através da resolução de problemas; na seção 4 apresentamos as diretrizes para construção de um mediador sócio-construtivista. A seção 5 apresenta um modelo para mediação sócio-construtivista criado a partir das diretrizes e a seção 6 exemplifica o funcionamento do mediador.

Abstract: A área de Informática na Educação tem evoluído em consonância com o surgimento e avanço das novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A utilização das redes de computadores, principalmente a Internet, tem favorecido significativas mudanças tecnológicas nos mecanismos de apoio ao processo de ensino-aprendizagem. Com isto, percebe-se uma dissociação na relação direta que até então persistia, no uso do computador com o processo de ensino-aprendizagem individualizado para assumir uma nova conotação, visando a interação, a comunicação e a cooperação em experiências de intercâmbio de informações, produção de materiais de forma colaborativa e aprendizagem em grupo. Ou seja, o contexto da área de Informática na Educação tem se caracterizado atualmente pelo enfoque social. Contudo, a massificação desenfreada do uso das TICs na educação sem um fundamento teórico sólido é preocupante. Neste contexto, pode-se facilmente vislumbrar duas questões relevantes: a primeira é saber adotar ou desenvolver aplicações computacionais que favoreçam um processo de construção de conhecimento, através de atividades efetivamente colaborativas. A segunda é ter em mente que o ponto central deve ser sempre a educação e não o meio no qual ela está sendo veiculada. Para tanto, este artigo tem como objetivo, baseado nas técnicas e recursos de informática utilizados pelos Sistemas Tutores Inteligentes (STI) e Sistemas de Aprendizagem Colaborativa (mais conhecida como Computer Supported Collaborative Learning - CSCL) e por meio de uma abordagem apoiada pela teoria sócio-construtivista, apresentar diretrizes para a mediação da interação em sistemas de aprendizagem colaborativa apoiada por computador. Este artigo está organizado da seguinte maneira: na próxima seção descrevemos a abordagem sócio-construtivista de aprendizagem; na seção 3 discutimos a aprendizagem através da resolução de problemas; na seção 4 apresentamos as diretrizes para construção de um mediador sócio-construtivista. A seção 5 apresenta um modelo para mediação sócio-construtivista criado a partir das diretrizes e a seção 6 exemplifica o funcionamento do mediador.

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DOI: https://doi.org/10.5753/cbie.sbie.2004.51-60