Autismo e Novas Tecnologias: Reflexões sobre Publicações Brasileiras face às Recomendações Francesas

Yuska Paola Costa Aguiar, Williby da Silva Ferreira, Rafael Farias Cordeiro, Juliana Albuquerque Gonçalves Saraiva, Carole Tardif, Edith Galy

Resumo


A heterogeneidade dos sintomas das pessoas com TEA exige que as intervenções sejam específicas para cada caso. No Brasil, há aproximadamente sete anos, diretrizes do governo foram estabelecidas de forma a garantir a inclusão dessa parte da população, inclusive em escola regular e com o auxílio de tecnologia. Como consequência desse incentivo, pesquisas acadêmicas e soluções assistivas vêm sendo impulsionadas na academia e no mercado. Por outro lado, países como a França, vem estudando essa parcela da população e propondo políticas públicas há mais de duas décadas. Assim sendo, uma análise comparativa das abordagens que os recursos tecnológicos assistivos vêm sendo desenvolvidos, utilizados e avaliados é relevante na tentativa de aprimorar e direcionar esforços já empregados no país. Neste cenário, foi mapeada a produção científica nacional sobre “Autismo, Educação e Tecnologia” para compilar informações sobre as pesquisas realizadas a partir de uma revisão de literatura, contemplando 33 artigos identificando a predominância de soluções de softwares educativos para alfabetização de crianças com TEA. A partir dos dados encontrados foi realizado uma análise comparativa entre as soluções brasileiras propostas com o relatório disponibilizado pela Fundação Internacional de Pesquisa Aplicada sobre Deficiência (Fondation Internationale de la Recherche Appliquée sur le Handicap, FIRAH), que visa minimizar os problemas e potencializar os ganhos no uso de tecnologias por pessoas com autismo. Foi percebido tanto nas publicações nacionais, quanto no guia preconizado pela França, que há um déficit em insumos técnico-científicos que subsidiem a Engenharia de Software no processo de desenvolvimento e avaliação de qualidade de recursos assistivos para autistas. Além disso, do ponto de vista do usuário, algumas iniciativas podem ser tomadas para maximizar a qualidade do software e a experiência desses usuários: indicativo de bateria, limitação e flexibilização de uso, meios de restrição de conteúdo, disponibilização de interface multimídia e multimodal.

Palavras-chave


Autismo, Recursos Digitais, Desenvolvimento de Software, Inclusão, Acessibilidade

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DOI: https://doi.org/10.5753/rbie.2020.28.0.528

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Revista Brasileira de Informática na Educação (RBIE) (ISSN: 1414-5685; online: 2317-6121)
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